Os custos das baterias para veículos elétricos devem descer entre 10% e 20% em 2024, em comparação com o ano anterior.
A União Europeia está tenciona produzir 500 mil veículos elétricos a menos do que o previsto há dois anos, em grande parte devido à sua significativa dependência da China para o fornecimento de matérias-primas essenciais na construção de baterias.
Diante da incerteza econômica e industrial, a cadeia de abastecimento do setor automóvel na Europa está a preparar-se para um ano de crescimento moderado, de acordo com a avaliação da Associação de Fornecedores Automotivos (CLEPA), conforme indicado no comunicado divulgado a 26 de janeiro. Esta avaliação é baseada em análises de mercado e num estudo recente da PwC Strategy& e Fraunhofer.
Além disso, o comunicado destaca a possibilidade da introdução de baterias de íones de sódio num futuro próximo, tornando a produção de veículos elétricos mais acessíveis.
A mesma análise destaca que em 2024, os países da União Europeia devem fabricar 2,6 milhões de veículos elétricos a bateria, o que representa um aumento de 35% em comparação com o ano anterior. Apesar do crescimento, as projeções ficam aquém das estimativas anteriores, que previam que a UE produzisse mais de 3 milhões de veículos elétricos neste ano, conforme previsto em 2021.
É importante referir que, de acordo com a associação, as matérias-primas devem representar mais de 50% dos custos totais das baterias, provocando alguma incerteza e volatilidade devido a possíveis problemas na cadeia de abastecimento e à forte dependência da Europa das importações chinesas.