
As contas apontam para que o Estado receba mais 360 mil euros pelas multas processadas no primeiro dia de fiscalização dos novos radares.
Segundo a ANSR, nas primeiras 24 horas cerca de 6 000 condutores foram apanhados em excesso de velocidade pelos 37 novos radares que ficaram operacionais a 1 de setembro. Apesar de ainda não terem sido processadas, as contas apontam para que caso os condutores paguem as coimas mais baixas, no valor de 60 euros, o Estado vai receber aproximadamente 360 mil euros.
Desde a instalação destes novos dispositivos, o radar da EN125, ao 102,0 km (Faro), sentido Oeste-Este; o radar da A1, ao 188,6 km (Coimbra), sentido Sul-Norte; o radar da A4, ao 0,1 km (Matosinhos), sentido Este-Oeste; o radar da A29, ao 40,9 km (Vila Nova de Gaia), sentido Sul-Norte; e o radar da A23, ao 18,6 km (Vila Nova da Barquinha), sentido Este-Oeste, são os que registaram maior volume de multas em todo o território nacional.
A introdução de novos radares de velocidade pode ter vários impactos na população, que podem variar dependendo da forma como esses radares são implementados e geridos. Alguns dos impactos mais comuns incluem:
- Redução de acidentes de trânsito: Um dos principais objetivos dos radares de velocidade é reduzir a velocidade dos veículos nas vias públicas. Isso pode levar a uma diminuição no número de acidentes de trânsito e, consequentemente, a uma redução nas lesões e mortes causadas por acidentes.
- Aumento da consciencialização sobre a segurança no trânsito: A presença de radares de velocidade pode aumentar a consciencialização dos motoristas sobre a importância de respeitar os limites de velocidade e seguir as regras de trânsito. Isso pode levar a uma mudança de comportamento a longo prazo em relação à segurança no trânsito.
- Maior cumprimento das leis de trânsito: Com a ameaça de multas por excesso de velocidade, os motoristas tendem a ser mais cuidadosos em seguir os limites de velocidade estabelecidos. Isso pode resultar numa maior conformidade com as leis de trânsito.
- Diminuição das receitas para o governo: Para muitos governos, a implementação de radares de velocidade é uma fonte de receita significativa, uma vez que as multas por excesso de velocidade geram dinheiro para o estado. Isso pode ser visto como positivo para o financiamento de serviços públicos, mas também pode ser controverso, com algumas pessoas alegando que os radares são usados principalmente como uma fonte de receita.
- Possíveis efeitos econômicos locais: Em algumas áreas, a presença de radares de velocidade pode desencorajar o tráfego em certas rotas ou regiões, o que pode afetar negativamente os negócios locais que dependem do tráfego de veículos, como postos de gasolina ou restaurantes.
- Reações mistas da população: A opinião da população em relação aos radares de velocidade pode ser dividida. Alguns podem vê-los como uma ferramenta eficaz para melhorar a segurança viária, enquanto outros podem considerá-los como uma fonte de incômodo e custos financeiros devido a multas.
- Impacto na mobilidade: Em algumas situações, a presença excessiva de radares de velocidade pode levar a uma condução excessivamente conservadora e congestionamento de tráfego, à medida que os motoristas reduzem drasticamente a velocidade para evitar multas. Isso pode afetar a mobilidade e a fluidez do tráfego em algumas áreas.
Recorde-se que em Portugal, brevemente, estarão a funcionar um total de 123 radares de velocidade. Depois destes 37 ativos no passado dia 1 de setembro, a ANSR pretende adicionar mais 25 radares brevemente.
Em resumo, os novos radares já começaram a ter impacto na população. A forma como estes radares são implementados e administrados, bem como a comunicação eficaz com a população sobre os seus objetivos e uso, desempenha um papel fundamental na determinação do seu impacto.