- MultaZero
- Março 8, 2024
Recentemente, a ACAP (Associação do Comércio Automóvel de Portugal) dirigiu-se aos líderes políticos do país com o apelo para a renovação do antiquado parque automóvel em Portugal.
O programa de incentivo ao abate de veículos automóveis regressou no final de 2023 à Assembleia da Republica no Orçamento do Estado para 2024 (OE 24).
Destinado a todos os proprietários de veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros em fim de vida, matriculados até 2007, o programa previa que o número de veículos atingisse cerca de 45 mil ao longo de 2024, resultando num impacto orçamental de 129 milhões de euros.
Segundo o relatório do OE 24, o Programa de Incentivo ao Abate de automóveis ligeiros em fim de vida visa reduzir a idade média das frotas nacionais, melhorando assim a segurança rodoviária e a qualidade do ambiente.
Recentemente a ACAP reforçou a importância de reintroduzir as políticas de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, procurando acelerar a substituição de carros mais antigos e poluentes por modelos de baixa emissão, seguindo exemplos de países como Espanha, Itália e França, rumo à metas apontadas para 2030.
O Governo incluiu uma disposição na Lei do Orçamento do Estado para a implementação deste Programa, e a ACAP agora pressiona pela sua rápida aprovação. A Associação destaca a importância de retirar de circulação veículos em fim de vida com emissões médias de 170 g/km de CO2, substituindo-os por modelos com emissões médias de 95 g/km (incluindo veículos elétricos, híbridos plug-in e a gasolina ou diesel).
As recomendações da ACAP não só abordam a questão das emissões, mas também têm implicações no setor automóvel e no mercado. No entanto, é inegável que os incentivos ao abate de carros antigos e à compra de novos podem ter um impacto significativo na segurança rodoviária de cada país.
Por exemplo, a renovação da frota pode melhorar a segurança, uma vez que os veículos mais novos geralmente apresentam tecnologias avançadas, como sistemas de travagem assistida, controle eletrônico de estabilidade (ESP), câmaras de visão panorâmica e sensores de colisão. Estes recursos ajudam a reduzir os riscos de acidentes e, consequentemente, os índices de sinistralidade rodoviária.
Além disso, carros mais antigos tendem a ser menos seguros do que modelos mais recentes. Portanto, ao substituir esses carros por veículos mais modernos e seguros, é possível diminuir a gravidade dos acidentes e, consequentemente, reduzir os danos causados.
É evidente que muitas pessoas que conduzem carros antigos o fazem por falta de recursos para adquirir modelos mais recentes. Nesse sentido, incentivar o abate desses veículos poderia não apenas renovar o parque automóvel, mas também contribuir para a segurança rodoviária – um benefício inestimável.